quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Computação

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Firefox 2 ou Internet Explorer 7?

Larissa Januário - 19/11/2007 - 12:55

O mercado de navegadores já foi dominado esmagadoramente pelo Internet Explorer com 92% dos usuários. Mas, atualmente, um em cada quatro internautas no mundo já usa Firefox. Ou seja, o navegador da Mozlila Foundation, baseado em software livre responde por 25% dos usuários. Mesmo assim, o Internet Explorer da Microsoft se mantém líder com 66% dos internautas. Mas a pergunta é: qual a diferença entre o Firefox 2.o e o IE 7?

Segundo Guilherme Ranoya, o professor de programação Web da FASP (Faculdades Associadas de São Paulo), já não há grandes diferenças entre os dois navegadores. “Ambos são distribuídos gratuitamente e as versões atuais têm recursos bastante semelhantes, como agregadores RSS, navegação em múltiplas páginas por meio de abas e atualizações relacionadas a problemas de segurança”, enumera.

Outro ponto compatível entre os dois browsers apontado por Ranoya é que ambos estão disponíveis para múltiplas plataformas (Windows, MacOS, Linux, Unix). Mas ele afirma que existe uma crença generalizada de que o Firefox é mais estável.

“A estabilidade de um navegador pode sofrer interferência de outros fatores, como registros do sistema alterados por cada programa instalado, configurações do sistema operacional, condições de uso do computador, além de vírus e malwares já presentes na máquina ou que infectaram o computador após a instalação do navegador”, explica.

Usabilidade

Já no quesito usabilidade, o professor diz que devido à experiência da Microsoft em desenvolvimento de produtos de fácil utilização para leigos em informática, o IE é mais amigável. “A interface do IE, além de mais simples, é mais familiar para o usuário do Windows. Com isso, fica mais fácil reconhecer suas funcionalidades”.

Mas o Firefox 2 oferece aos usuários mais avançados a possibilidade personalizar o software por meio da instalação de extensões disponíveis no site da Mozilla. “Este recurso permite a instalação de ferramentas adicionais ao navegador e sua integração com outros serviços online. É possível, por exemplo, integrar os ‘Favoritos’ a sites Bookmark Social como o Del.icio.us”, indica Ranoya. Já quando o assunto é Arquitetura da Informação, as versões atuais dos dois navegadores são muito parecidas, afirma o professor.

Segurança garantida

Ranoya ressalta que o Internet Explorer é um alvo muito mais visado para invasões e quebra de segurança do que seu concorrente. “Não só por ser desenvolvido pela empresa considerada o alvo número um dos crackers ou por ter brechas e falhas em seu código. Mas também por ter uma base de usuários muito maior do que todos os outros navegadores e conseqüentemente oferecer maior possibilidade dos invasores encontrarem dados valiosos”, justifica o especialista, acrescentando que todos os navegadores têm falhas, inclusive o Firefox.

O professor destaca que a versão atual do Internet Explorer tem segurança contra Phishing. “Essa ferramenta verifica em uma relação de endereços confiáveis se o site que o usuário está tentando acessar é seguro”, explica. “A próxima versão do Firefox também contará com este recurso e deve ser lançada ainda este ano”, adianta.

O ponto negativo desta funcionalidade, segundo Ranoya é que a navegação no IE ficou mais lenta. “Além disso, a ferramenta tem bloqueado sites seguros, que, por outros motivos, acabaram entrando para a lista negra, como redes P2P de compartilhamento de filmes e músicas consideradas ilegais, mas que não oferecem risco real à integridade do sistema do usuário”.

Outras diferenças

- É comum que alguns sites se apresentem de forma diferente nos dois navegadores. Isso porque, em termos técnicos, a interpretação do código HTML e CSS ambos não seguem à risca as especificações da W3C (O World Wide Web Consortium, órgão que regula os padrões no desenvolvimento destes códigos).

- O IE, quando está funcionando na plataforma Windows, tem um desempenho melhor do que o concorrente no que tange ao processamento do código. No entanto, isso pode causar o travamento de outros programas que estejam sendo utilizados durante a navegação.

- Depois de algumas alterações de código relacionadas ao plug-in do Adobe Flash, a MS impediu o funcionamento automático dele no IE, exigindo que o usuário tivesse que clicar no objeto Flash da página para que ele abrisse.

- O Firefox é um software baseado em código aberto, desenvolvido por uma comunidade de desenvolvedores que podem ter acesso a seu código fonte. Já o IE é um software proprietário e seu código não é divulgado.

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